Aos meus amigos, aos quais já declarei abertamente quais meus candidatos e minhas justificativas nas escolhas, eu proponho esta reflexão.
Hoje, terça-feira, 28 de setembro de 2010, abrindo as principais páginas de Internet deste nosso país e acompanhando os principais jornais, verifiquei que todos eles registram queda na intenção de voto na candidata do PT – Dilma Roussef.
Também, não podia ser diferente, escândalos envolvendo quebra de sigilo fiscal, demissões de ministros e funcionários do alto escalão do governo, entre outros, costumam ser ingredientes fundamentais e decisivos numa disputa tão acirrada. Ainda sobre os motivos da queda não podemos fechar os olhos para o papel desempenhados por muitos de nós, os anônimos formadores de opinião, pois cada um de nós – munidos de bons embasamentos e conhecimento dos fatos – somos sim capazes de reverter essa situação na base do boca-a-boca. Neste aspecto, a comunidade cristã como um todo, tem desempenhado um papel essencial, independentemente de denominação, sejam católicos, evangélicos e até espiritualistas.
A grande verdade nesse momento é que: no crucial momento que nosso país atravessa, é muito mais importante compreendermos que os princípios cristãos que nos unem são muito mais relevantes do que as doutrinas que nos separam. Bastaria apenas uma pequena auto-análise da fé individual e entender que num país que se declara mais de 70% católico, impossível é compactuar com o discurso de candidatos que não se oponham frontalmente a questões como a crueldade do aborto, a aberração da institucionalização do homossexualismo, etc.
Voltando à questão da necessidade de pendermos à balança para o lado da ocorrência de um segundo turno estaremos tirando dos livros de história aquela aura de arrogância e prepotência de que a “democracia” teria conduzido o PT numa vitória retumbante. Isto não há de acontecer.
Não que eu seja contrário ao PT, inclusive admitido que já votei em Lula, mas o próprio partido em muito perdeu sua essência ao longo dos anos. Hoje é um partido que é apenas uma sombra esquálida do que costumava defender no passado, é como qualquer produto industrializado, que só contém “aromatizantes” e nenhuma “polpa”. Se você, caro leitor, se entende por revolucionário, esquerdista ferrenho, lamento informar que está no partido errado, antes estivesse alistado em outra legenda como PSOL, PSTU, PCO. Hipocrisia nos dias de hoje é achar (e trombetear para os outros) que o PT é mesmo o Partido dos Trabalhadores.
Aproveito também para mandar um recado para nossos irmãos nordestinos, com todo respeito e carinho que este povo merece. Moro em Guarujá, e Vicente de Carvalho é conhecido como ‘o coração do Nordeste’ na baixada Santista, tenho inúmeros amigos “norte-americanos” ou de origens de lá que dispensam qualquer comentário acerca do amor que tenho pela vida de cada um deles – mas o fato é que: o Nordeste do Brasil encontra-se totalmente cego e alheio ao que acontece no nosso País, e muito disso se deve pela extensiva política assistencialista do governo PT.
Em todas as regiões do Brasil a tendência das pesquisas é muito equilibrada, o descompasso a esse ritmo e desenvolvimento ocorre justamente no Nordeste, onde os números – de tão absurdos – parecem até distorcidos. Você que tem parentes e amigos nordestinos, faça seu papel, informe e dedique-se a explicar o contexto e a seriedade do momento que a nação atravessa.
Eu digo, concluo e repito, acho sim que o Brasil merece um segundo turno. Acredito sim que no dia 3 de outubro o nosso papel primordial é de votarmos de forma consciente e elegermos senadores e deputados que reflitam aquilo que consideramos válidos pela nossa consciência e para a nossa família. Porque o que vale como princípio nos nossos lares é o que deve valer como princípio para o país que queremos deixar como legado para os nossos filhos.
Rogo a Deus que seus princípios no dia da eleição falem mais alto do que interesses pontuais e mesquinhos, e que com isso consigamos construir uma nação e sociedade firmadas em valores morais, éticos e cristãos.
Deus te abençoe.
MAURICIO B. ARAKAKI - Analista Judiciário - Formado em Direito, MBA em Gestão Pública e de RH
